Paróquia

A Paróquia de Cachopo é uma comunidade de fiéis, constituída canonicamente há mais de cinco séculos, com limites territoriais definidos pela diocese do Algarve, correspondentes atualmente à freguesia de Cachopo, concelho de Tavira (até cerca de 1836, pertenceu ao concelho de Alcoutim.

Atividade da Paróquia

Desenvolve a sua atividade nas áreas da evangelização (catequese), liturgia (eucaristias, batismos, casamentos, exéquias…) e caridade (cuidar dos fragilizados) e é sinal da presença de Deus neste vasto território.

Organiza no 2º fim-de-semana do mês de setembro, a festa tradicional em honra do padroeiro da Freguesia.

Trata-se de um costume antigo, com mais de duzentos e cinquenta anos, não se sabendo ao certo quando teve início. Contudo, corre pelos dizeres do povo, que tudo terá começado na época do Verão, quando uma praga de gafanhotos, vinda do norte de África atacou e dizimou, quase por completo, a agricultura da região. Aflitos, até mesmo desesperados, vendo os seus meios de subsistência sendo destruídos, os habitantes de Cachopo, caídos perante o altar clamaram aos céus pedido ajuda a Santo Estêvão, para os livrar daquele mal, fora prometido então uma festa anual, em sua honra.

O certo, conta a voz da sabedoria, é que a praga abandonou estas paragens, após as preces feitas. Desde então todos os anos é celebrada em alegria e agradecimento.

A esta juntam-se outras festas de igual importância como a Festa de Nossa Senhora das Dores (Festa do Emigrante) no segundo fim-de-semana de agosto; Festa e feira de Santo Estêvão a 26 de dezembro, Festa em Honra de S. Luís, no domingo gordo.
A vida continua arrastada pelo tempo que teima em correr, e Cachopo nunca foi e nunca será uma terra esquecida, pois muitos há que tencionam valorizar e dinamizar a sua terra, orgulhosos de serem filhos da Serra.

Aos forasteiros que no seu percurso passem por cá terão certo as boas vindas estampados no rosto desta aldeia, de gentes, que se mantêm erguidos para enfrentar o futuro.

E digo-vos de bom grado, que quem por cá passa, cá quer voltar, pois sente-se acarinhado pela mãe natureza como sendo parte da sua prol. E sente o carinho deste povo humilde, gracioso e eterno…

Padroeiro Santo Estêvão

A nossa Igreja de Cachopo, tem como padroeiro, o mártir Santo Estêvão.

Depois do Pentecostes, os apóstolos dirigiam o anúncio da mensagem cristã aos mais próximos, aos hebreus, aguçando o conflito apenas acalmado da parte das autoridades religiosas do judaísmo. Como Cristo, os apóstolos conheceram logo as humilhações dos flagelos e da prisão, mas apenas libertados das correntes retomam a pregação do Evangelho.

A primeira comunidade cristã, para viver integralmente o preceito da caridade fraterna, colocou tudo em comum, repartindo diariamente o que era suficiente para o seu sustento. Com o crescimento da comunidade, os apóstolos confiaram o serviço da assistência diária a sete ministros da caridade, chamados diáconos.

Entre eles sobressaía o jovem Estêvão, que além de exercer as funções de administrador dos bens comuns, não renunciava ao anúncio da Boa Nova, e o fez com tanto sucesso 26 que os judeus “chegando de improviso, arrebataram-no e levaram à presença do Sinédrio. Lá apresentaram falsas testemunhas que depuseram: “Este homem não cessa de falar contra o Lugar santo e contra a Lei. Ouvimo-lo dizer que Jesus Nazareno destruiria este Lugar e modificaria as tradições que Moisés nos legou”.

Estêvão, como se lê nos Atos dos Apóstolos, cheio de graça e de força, como pretexto de sua autodefesa, aproveitou para iluminar as mentes de seus adversários. Primeiro, resumiu a história hebraica de Abraão até Salomão, em seguida afirmou não ter blasfemado nem contra Deus, nem contra Moisés, nem contra a Lei, nem fora do Templo. Demonstrou, de facto, que Deus se revelava também fora do Templo e se propunha a revelar a doutrina universal de Jesus como última manifestação de Deus, mas os seus adversários não o deixaram prosseguir no discurso, porque “dando altos gritos, taparam os ouvidos, precipitaram-se sobre ele, levaram-no para fora da cidade e o apedrejaram.”

Dobrando os joelhos debaixo de uma tremenda chuva de pedra, o primeiro mártir cristão repetiu as mesmas palavras de perdão pronunciadas por Cristo sobre a Cruz: “Senhor, não lhes ímputes este pecado”. Em 415 a descoberta de suas relíquias suscitou grande emoção na cristandade.

A festa do protomártir foi sempre celebrada imediatamente após a festividade do Natal.

A Igreja Matriz

A Igreja Matriz de Cachopo, construída no século XVI em estilo manuelino, é um dos principais monumentos religiosos da freguesia. O seu interior alberga um valioso retábulo-mor em talha dourada e pinturas murais do século XVII.

Outras Capelas:

Capela de Nossa Senhora da Conceição (século XVIII)
Capela de São Sebastião (século XVI)
Capela do Espírito Santo (século XVII)

O Pároco

O atual pároco da freguesia é o Padre José Manuel, que com a sua dedicação e entusiasmo, guia a comunidade paroquial em diversos projetos e atividades.

Ação Pastoral:

A Paróquia de Cachopo desenvolve uma ação pastoral diversificada, com destaque para: